Na noite desta segunda-feira (28), a TV Globo estreou a novela "Dona de Mim", na faixa das 19h, sob a autoria de Rosane Svartman, com as colaborações de Carolina Santos, Juan Jullian, Mário Viana, Jaqueline Vargas, Renata Sofia e Michel Carvalho, com a direção artística de Allan Fiterman, a direção geral de Pedro Brenelli e a produção de Mariana Pinheiro. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim.
Com uma abertura solar e contagiante, fazendo-se uso de recursos de computação gráfica, o material teve a boa sacada de contar com parte do elenco cantando e dançando o tema de abertura "Dona de Mim", que ficou marcada na voz de Iza.
O primeiro capítulo foi apresentado pela pouca execução das músicas que embalarão a narrativa ao longo dos próximos meses. No entanto, o aperitivo de hits internacionais já mostra a qualidade do que vem por aí!
Com uma fotografia simples, mas ao mesmo tempo marcante, o folhetim destacou as sequências mais importantes dos personagens e o mote inicial da história. A iluminação solar, característica vista também na abertura, mostra que a trama tem tudo para ser empolgante, divertida e emocionante, como assim pede o horário das sete.
O primeiro capítulo, porém, concentrou-se todo no drama de 'Ellen' (Camila Pitanga), 'Abel' (Tony Ramos) e 'Leona' (Clara Moneke), e girando em círculos. Uma apresentação maior de personagens poderia dar um ar mais ágil neste comecinho.
A caracterização dos personagens, em especial no que tange as cenas de flashback, estavam bem afinadas ao tempo cronológico narrado pela história, tal qual quando se chega à atualidade. No entanto, os figurinos, até mesmo para a família rica de 'Abel' estavam um tanto quanto simplórios; roupas e acessórios populares e zero extravagância. Questiona-se se haverá, dentro da trama, em algum momento, uma divergência de classes sociais? Se sim, pelos figurinos dos personagens já seria um bom começo haver tal distinção.
A cenografia de "Dona de Mim" claramente faz alusão aos cenários vistos em "Bom Sucesso" (2019) e "Vai na Fé" (2023). A casa de 'Leona' lembra muito a casa de 'Paloma', de Grazi Massafera. Já a Igreja cristã, muito em referência à trama de 'Sol' (Sheron Menezzes), é praticamente a mesma da então última obra de Rosane.
Allan Fiterman, mestre como sempre, comandou com destreza a sequência do encontro de 'Marlon' (Humberto Morais) e 'Leona' no forró. Cena linda e digna de novelão. Aqui já se destaca a química entre os atores.
Por falar no elenco, neste primeiro episódio, destaques para Camila Pitanga, que já deixou 'Lola' ("Beleza Fatal" / Max) para trás, Cláudia Abreu em sua volta às novelas, Tony Ramos e Giovana Cordeiro. Elis Cabral é uma atriz-mirim com porte de gente grande. Que texto forte e muito bem interpretado, e dirigido, da criança para com 'Filipa', de Cláudia Abreu!
A novela não se valeu muito do recurso de stock-shots, porém, os que surgiram na tela, poderiam ter sido melhores selecionados. Ambientes aleatórios e sem beleza estética que a trama pede.
Por fim, poucos ganchos marcaram o episódio, deixando o "congelamento" como sendo o mais forte para prender o telespectador para o próximo capítulo.
De acordo com dados do IBOPE, divulgados pela Kantar Media, a novela alcançou média de 22.2 pontos, pico de 22.9 pontos e share de 33.9%. Já a reapresentação do primeiro capítulo, exibida na madrugada desta terça-feira (29), marcou expressivos 4.4 pontos de média.
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Foto: Divulgação/Globo.
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