"Beleza Fatal" - Crítica de estreia

 

Na última segunda-feira (27), a plataforma de streaming Max estreou a sua primeira novela brasileira, "Beleza Fatal", escrita por Raphael Montes, com a direção artística de Maria de Médicis.

Com status de novelão, a trama mostrou um enredo muito bem amarrado em seus cinco primeiros capítulos (a cada segunda-feira, cinco novos episódios serão liberados pela plataforma), interligando seus personagens em uma narrativa principal.

Diante de um elenco de peso, houve quem se destacasse nos primeiros episódios. O principal nome até agora é o de Camila Pitanga como 'Lola'. A premissa de uma grande vilã já é realidade! O talento de Pitanga, bem alinhado ao texto de Raphael e a direção de Médicis, mostra a construção e deformidade de caráter da personagem diante do poder e da beleza.

Além de Camila, Vanessa Giácomo arrancou aplausos por sua atuação como 'Cléo', que acaba parando na prisão por influência de 'Lola', que havia matado o próprio marido e influenciado a empregada a assumir a culpa. 

Giovanna Antonelli, como 'Elvira Paixão', emocionou ao saber da morte da filha, 'Beca' (Fernanda Marques), em decorrência de complicações de uma cirurgia estética, somada a uma negligência médica de 'Rog Ferreira', o 'Dr. Peitão', de Marcelo Serrado, que não tinha uma desfibrilador em sua clínica.

Naruna Costa ('Vivianne'), Augusto Madeira ('Lino Paixão') e Melissa Sampaio ('Sofia' criança) também foram ovacionados por suas atuações no folhetim. As ilustres presenças de Pepita ('Bel') e Isadora Ribeiro ('Georgette') foram excelentes surpresas nesses primeiros episódios.

Quanto a estética visual, "Beleza Fatal" transita entre o cafona e popular ao luxo e sofisticado de seus figurinos e cenários de ambientações. O contraste e as variações de cores saltam aos olhos do público com um excesso de informação.

A abertura do folhetim deixa a desejar por se mostrar muito poluída com excesso de imagens de seus personagens, em uma edição pesada e brusca nas sequências. Porém, observa-se a clara referência a abertura de novelas como "Fina Estampa" (2011) e "Cobras & Lagartos" (2006).

A edição foi outro ponto negativo dos primeiros capítulos. Cenas com diálogos longos e um tanto quanto cansativos poderiam ter sido cortados, pois não comprometeriam a história. A sonorização, porém, é o que mais incomodou ao assistir a primeira leva de episódios. Ora o som estava alto, ora baixo. Precisa-se, urgentemente, corrigir isso na edição.

Do outro lado, a trilha sonora, tanto do instrumental da abertura, passando por Marina Sena, se mostrou bem escolhida por sua direção e muito bem encaixada no que tange os elementos narrativos.

Também vale pontuar que cenas apelativas de sexo foram suprimidas nessa nova maneira de fazer novela. Nada é de graça! Por exemplo, na trama, o sexo apareceu pela primeira vez apenas no terceiro episódio, em tomadas bem dirigidas e atraentes aos olhos do telespectador.

"Beleza Fatal" chegou com tudo e, não à toa, já figura no primeiro lugar do TOP 10 das séries, no TOP 3 em 20 países e o 4º lugar no ranking global da Max, além de assegurar vaga no Trending Topic dos assuntos mais comentados na rede social X, como também em demais redes de perfis sociais. É o novelão da Max!

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Foto: Divulgação/Max.

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