"Pantanal" - Participação pós-polêmica



Sucesso na primeira versão de "Pantanal", em 1990, na Manchete, o cantor e ator Sérgio Reis está de volta à Globo e em uma participação pra lá de especial no último capítulo da atual versão, agora, produzida na Globo, cujo desfecho acontecerá em 7 de Outubro próximo;

Intérprete de 'Tibério' há 32 anos, na "Pantanal 2022", Sérgio toca e canta "Chalana", clássico de 1943 de Mario Zan e Arlindo Pinto, sucesso na primeira versão da novela. Na cena, o sertanejo é acompanhado por Almir Sater, que foi seu parceiro na trama original, Guito (interpretando o personagem 'Tibério') e um acompanhamento musical que conta até com uma harpa paraguaia.

Em entrevista ao "Globo", o autor da nova trama, Bruno Luperi, contou que a homenagem ao sertanejo se deve a sua importância para inspirar o avô, o novelista Benedito Ruy Barbosa, a escrever o folhetim original. Luperi ressalta que, para além dos últimos fatos, o valor artístico de Sérgio Reis é inegável. "Não entro nesse mérito (do cancelamento do cantor), porque o que eu admiro do Sérgio é o seu trabalho musical. É um cara que lutou pela cultura caipira, que enalteceu o trabalho, as músicas e os rincões do Brasil", declarou o autor.

Vale lembrar que Sérgio Reis, em 2021, teve vazado um vídeo seu de um grupo de WhatsApp, no qual dizia que se o STF não aprovasse o voto impresso em 72 horas, os caminhoneiros iriam "parar o país" e "tirar todos os ministros" da corte. Após o vazamento do áudio, a Polícia Federal fez uma operação na casa de Sérgio, em em Mairiporã (SP), na Serra da Cantareira, por ordem do STF, investigando manifestações contra as instituições e a democracia.

Além do "cancelamento" pela classe artística, Reis teve seus shows e contratos publicitários cancelados em função da repercussão.  Após ver toda a negatividade prejudicando sua carreira, e até mesmo vida pessoal o cantor e ator pediu desculpas ao STF e aos ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. 

Ao fim do ano passado, Sérgio iniciou um tratamento contra um câncer de próstata, diagnosticado nos meses seguintes à ação da PF, caso agravado por seu histórico de diabete, hipertensão e cardiopatia.

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Informações: via "O Globo".

Foto: Reprodução/Globo.

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