Novela que ficou marcada pela retomada da dramaturgia na faixa das 21h30, da Globo, após a pandemia mundial do coronavírus, que paralisou as produções em quase todo o mundo, "Um Lugar ao Sol", que também marcou a estreia de Lícia Manzo como autora de trama no horário nobre, saiu de cena na última sexta-feira e jamais será lembrada pelo público e pela emissora carioca.
Dada ao fracasso desde antes de sua estreia, em Novembro do ano passado, a produção penou com as intermináveis paralisações por conta da Covid-19. Fora isso, viu sua sucessora, o remake de "Pantanal", que estreia neste segunda (28), ter mais prestígio e divulgação, até mesmo de forma antecipada, momentos antes de sua estreia.
Preterida, a trama estrelada por Cauã Reymond, além de uma narrativa batida na história de "irmãos gêmeos", em que um ocupa o lugar do outro, os núcleos paralelos pouco agradaram ao público. Encurtada para apenas quatro meses no ar, com míseros 119 capítulos, "Um Lugar ao Sol", além de suas "barrigadas" (onde a história andava em círculos e nada acontecia), foi bastante prejudicada por sua estética e falta de fidelização do público por culpa da emissora.
Com imagens azuladas em seu começo, até que se ajustaram a tons mais claros, a novela nunca tinha um horário certo para começar. A cada dia da semana entrava em uma hora diferente da do dia anterior. Soma-se a isso, a fuga para o streaming e demais canais da TV aberta e fechada. E, nestes últimos tempos, com o avanço da vacinação, a proximidade do fim da pandemia.
Todas essas explicações aqui, explicam a vergonhosa audiência que o último capítulo, sua reprise no sábado (26) e a média geral de "Um Lugar ao Sol" conquistaram. De acordo com dados do IBOPE (Grande São Paulo), o último episódio, exibido sexta-feira (25) marcou média de 25 pontos e, na reprise de seu final, marcou 20,5 pontos.
A média geral do folhetim ficou em 22,3 pontos, a menor audiência desde "Rosa Rebelde", de 1969, que marcou 22 pontos de média geral. Das mais atuais, "Um Lugar ao Sol" roubou a vaga de "Babilônia" (2015), que teve 25,4 pontos de média geral, maior fracasso até então da casa, nesta última década.
Diante de todos esses fatores, é uma trama que jamais será reprisada, seja na TV aberta ou fechada. No Globoplay, obviamente por ser atual, já está catalogada, mas seus acessos cairão vertiginosamente a medida que "Pantanal" e outras produções forem chegando à programação do streaming.
Foto: Reprodução/Globo.
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