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Exposição


Meses após estourar o caso de denúncias contra o então diretor da TV Globo, Marcius Melhen, acusado de assédio moral e sexual contra algumas funcionárias da emissora carioca, incluindo atrizes, dentre elas, supostamente (nunca foi oficialmente confirmado) Dani Calabresa, a "Folha de São Paulo", através de seu portal na internet, entrevistou a 
advogada Mayra Cotta, representante das vítimas.

Cotta afirmou que as mulheres revelaram que Melhem agia de forma "violenta", utilizava de seu poder hierárquico para constrange-las e ainda chegou a trancar algumas delas em salas para assediá-las. 

Segundo Mayra, as denunciantes relataram os ocorridos ao setor de compliance da empresa, que instaurou um procedimento interno para checar os casos. No entanto, descontentes com desfecho do processo, que apenas teve a demissão de Marcius, em Agosto deste ano, com uma nota do canal em "agradecimento aos serviços prestados"elas resolveram se unir para expor o que passaram.

A advogada declarou que a exposição de “tudo o que elas passaram e toda a gravidade do comportamento" não fosse simplesmente "varrido para debaixo do tapete”. De acordo com as vítimas, Marcius Melhem agia de forma agressiva repetidas vezes.

“Houve um comportamento recorrente, de trancar mulheres em espaços e as tentar agarrar, contra a vontade delas. De insistir e ficar mandando mensagem inclusive de teor sexual para mulheres que ele decidia se iam ser escaladas ou não para trabalhar, se ia ter cena ou não para elas [nos programas de humor]. De prejudicar as carreiras de mulheres que o rejeitaram. De ficar obcecado, perseguindo mesmo. Foi um constrangimento sistemático e insistente, muito recorrente”, informou Mayra Cotta.

De acordo com as informações, são seis vítimas de assédio sexual, algumas outras por assédio moral e mais seis testemunhas, além de um grupo de apoiadores composto por, aproximadamente 30 pessoas. Todas as identidades estão em sigilo.

Assim que a matéria foi veiculada, Dani Calabresa publicou em sua conta no Twitter uma foto em que se lê: "Os inícios só acontecem quando você arrisca. Vai sem medo e se o medo bater, vai mesmo assim"; na legenda, a frase "fazer o certo exige coragem". Entre artistas e anônimos, todos prestam solidariedade à Calabresa, mesmo sem ela ter citado o nome de Marcius no post.



Por sua vez, em sua defesa, o ex-diretor de Humor da Globo, também se pronunciou: "SOBRE A MATÉRIA DA FOLHA Como escrever uma nota pra comentar acusações dessa gravidade? Culpados e inocentes dizem a mesma coisa. 'Sou inocente'. 'Vou provar na justiça'. Por isso qualquer coisa que eu diga pode soar falsa de cara", disse Marcius Melhem, que declarou ainda estar disposto a reconhecer seus erros, pedir desculpas e, "se possível, reparar pessoas q eu tenha de qualquer forma magoado. Quero enfrentar isso com verdade e humanidade e me expor se for preciso".


Por fim, a Globo 
destacou que não comenta assuntos de compliance, mas que "todo relato de assédio, moral ou sexual, é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento. A Globo não tolera comportamentos abusivos em suas equipes e, neste sentido, mantém um canal aberto para denúncias de violação às regras do Código de Ética do Grupo Globo".

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Informações: via "Universa - UOL".

Fotos: Reprodução/Globo e Redes Sociais.

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