À frente da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Rio de Janeiro, o delegado Gilbert Stivanello, segue investigando declarações apontadas como sendo de cunho racista e de intolerância religiosa dentro da 19ª temporada do 'reality show' "Big Brother Brasil", da TV Globo.
Além de estar comandando o inquérito que investiga se houve intolerância religiosa por parte de Paula sobre a religião de Rodrigo, Gilbert analisou os comportamentos e declarações de outros participantes. Isabella, Maycon e Tereza também fizeram alguns comentários considerados polêmicos por parte do público.
Sobre alguns dos casos, Stivanello já tem pareceres e, muitos, segundo a autoridade, "não iam além da liberdade de expressão", disse em entrevista ao "UOL".
"Episódios como o posicionamento de uma pessoa lá acerca da política de cotas. Essa pessoa falou a opinião dela, no caso contrária, mas não se manifestou de forma ofensiva a ninguém. Então, no nosso entendimento, a questão da política de cotas, ser a favor ou contra, ainda está amparado pela liberdade de expressão", disse o delegado.
Outro momento que chegou à investigação foi quando os 'brothers' discutiram sobre o uso de expressões como "denegrir" e "humor negro". "Hoje em dia palavras como 'denegrir' são questionadas, e lógico, se a pessoa quer ter uma fala zelosa, pode usar a palavra 'desgastar', 'depreciar'. Mas, ainda não vejo um crime em a pessoa falar 'denegrir'", explica.
Sobre a vencedora do "BBB 19", o delegado deve encaminhar ao Ministério Público até esta sexta-feira (19) o relatório conclusivo da investigação sobre as declarações de Paula no programa. "Havendo a denúncia do Ministério Público, ela estará respondendo a um processo. O elemento que nos faltava era o depoimento da Paula e agora nós pensamos que dê para partir para a conclusão. O inquérito já será conduzido para a Justiça essa semana", afirmou Gilbert.
Informações: via "UOL".
Foto: Reprodução/Globo.
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