Investigação


Enquanto estiver sob investigação interna na Polícia Federal, por conta de seus atos midiáticos, o agente Lucas Valença, mais conhecido como o "hipster da federal", foi aconselhado a parar de ir a programas e entrevistas na TV. 

Além disso, Valença também está proibido de aceitar presença em eventos mediante cachê. O rapaz, que está usando a repercussão que teve ao conduzir Eduardo Cunho à prisão, já havia constituído até assessoria de imprensa. 
 
Lucas foi a programas como o "Encontro com Fátima" (Globo) e "Programa do Porchat" (Record), deu entrevista a sites e passou a receber convites para participar em eventos. Por esses atos, ele foi admoestado e está sob investigação interna. 
 
Criado pela Lei 4.878/65, o regulamento interno da corporação policial proíbe esse tipo de autopromoção, e agente já havia sido avisado que estava violando o estatuto da profissão desde que foi ao matinal da emissora carioca.
 
Segundo a investigação em andamento, o policial Lucas Valença pode ter desrespeitado ao menos quatro regras do artigo 43 do código de conduta da PF. A saber:
 
- Inciso IX: "auferir vantagens e proveitos pessoais de qualquer espécie e, sob qualquer pretexto, em razão das atribuições que exerce";
 
- Inciso XX: "deixar de cumprir ou de fazer cumprir, na esfera de suas atribuições, as leis e os regulamentos" (como descumprir o inciso anterior, por exemplo)
 
- Inciso XXXIV - atribuir-se a qualidade de representante de qualquer repartição do Departamento Federal de Segurança Pública e da Polícia do Distrito Federal, ou de seus dirigentes, sem estar expressamente autorizado;
 
- Inciso LIII - exercer, a qualquer título, atividade pública ou privada, profissional ou liberal, estranha à de seu cargo; 
 
Se apontado como responsável, Valença pode ser suspenso ou  até mesmo ter de deixar a corporação.
 
O "hipster" também pode ter ferido item da Resolução nº 004-2015 do CSP-Departamento de Polícia Federal, a respeito do código de ética dos profissionais da corporação.
 
Em seu artigo 4º, inciso I, ele antevê análise em caso de  "conflito de interesses: situação gerada pelo confronto entre interesses públicos e privados, que possa comprometer o interesse público ou influenciar o desempenho imparcial da função pública".
 
Informações: via Ricardo Feltrin.
 
Foto: Reprodução/Globo.

Comentários