Mania de Você - Crítica de Estreia

 

Na última segunda-feira (9), a TV Globo estreou a sua 23ª novela das nove (sim, antigamente eram denominadas como “novelas das oito”). Solar, e bem diferente de “Renascer”, antecessora na faixa das 21h, o folhetim de João Emanuel Carneiro, e que traz a direção de Carlos Araújo, mostra a vivacidade das cores e belezas do meio ambiente.

Ilhas, praias, personagens descamisados ou em trajes de banho, dominaram a primeira semana da trama, que ficará em cartaz até Março do ano que vem. A temática da cibersegurança teve seu pontapé inicial, assim como as primeiras trocas de informações sobre outra temática a ver-se na história: a gastronomia.

Para a primeira leva de seis episódios, o autor concentrou totalmente a narrativa em torno de ‘Luma’ (Agatha Moreira), ‘Viola’ (Gabz), ‘Mavi’ (Chay Suede) e ‘Rudá’ (Nicolas Prattes), como também em ‘Molina’ (Rodrigo Lombardi) e ‘Mércia’ (Adriana Esteves).

No entanto, quanto a construção dos casais protagonistas, de cara, a química foi certeira com ‘Viola’ e ‘Mavi’, personagens de Gabz e Chay, como também, causou certo frisson o primeiro encontro (casual) entre ‘Viola’ e ‘Rudá’, vivido por Nicolas.

“Mania de Você” chama a atenção pela excelente fotografia e direção do seu elenco em cena, com ótimos ‘big closes’ e planos americanos, mas tem pecado na contagem cronológica entre as passagens de tempo, assim como erro bobo de continuidade em torno da narrativa e de figurino.

De acordo com dados oficiais do IBOPE (Grande São Paulo), a produção registrou 23 pontos de média. Um começo, em termos de audiência, um tanto quanto morno, afinal, na passagem de uma trama para outra, sempre tem os saudosistas da novela que se foi, e que não se prendem tão logo na nova trama.

Se João Emanuel Carneiro não andar em círculos com os personagens, como assim pareceu nesta primeira semana de novela, e não desenvolver, aplicar e explicar logo ao público a narrativa que rivaliza os quatro jovens protagonistas, o enredo tem tudo para se encher de “barrigadas” e cansar o telespectador.

Em paralelo, novos núcleos precisam surgir e conquistar seus espaços o quanto antes. Afinal, para um autor de sucessos como “A Favorita” (2008), “Avenida Brasil” (2012) e “Todas as Flores” (2022), personagens secundários e de outros núcleos, acabam ganhando grandes espaços quando os personagens principais não entregam a tal química entre si.

Por fim, o folhetim tem cara de novelão, de mais um novo sucesso para JEC. Aguardemos cenas dos próximos capítulos!

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Foto: Divulgação/Globo.

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